Os conferencistas dedicam hoje pelo segundo dia consecutivo a atenção aos reflexos na natureza, concentrando-se no uso dos solos e florestas. A presidência britânica da cimeira tem no seu programa oficial um conjunto de debates e eventos sobre a floresta, a agricultura, a transição justa para os trabalhadores rurais e a relação entre o uso dos solos e os objectivos do Acordo de Paris. Vão ser debatidos os esforços em curso para combater a desflorestação e a perda da capacidade de absorção de dióxido de carbono pelo coberto vegetal global.
No dia do encerramento da primeira semana da COP26, o presidente da cimeira, o britânico Alok Sharma, convocou um plenário de negociadores para se inteirar do estado das negociações e lembrar a todas as delegações internacionais que na próxima sexta-feira o documento final da cimeira terá de estar pronto.
Nas ruas, a coligação de activistas COP26 Coalition promove o que chama Dia Global de Acção para a Justiça Climática. Há estradas fechadas e a expectativa de uma possível acção de activistas no aeroporto da cidade ou nas suas imediações, segundo a imprensa escocesa e as agências internacionais.
No domingo, os trabalhos oficiais estão interrompidos para um dia de descanso, mas à margem arranca a cimeira do clima alternativa, que pretende dar voz aos que não têm lugar à mesa das negociações.
A COP26 acontece cerca de seis anos depois do Acordo de Paris, que já então estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura média global do planeta entre 1,5ºC e 2ºC acima dos valores da época pré-industrial.
Pela 26ª vez, desde que, em Berlin, na Alemanha, aconteceu a primeira cimeira, corria o ano de 1995, líderes políticos e milhares de especialistas, activistas e decisores públicos estarão reunidos até 12 de Novembro, em Glasgow, na Escócia, Reino Unido, para encontrar soluções e tomar decisões que permitam reduzir drasticamente a emissão de gases com efeito de estufa de forma a impedir que a Terra aqueça mais de 2 graus até ao fim do século, mas para que isso aconteça, existe uma extensa lista de medidas que têm, COP após COP, sido enunciadas como de extrema urgência mas que tardam em ser postas em prática. A principal é a questão da transição energética, que passa por substituir em poucos anos os combustíveis fósseis, especialmente o petróleo e o carvão, por energias verdes.