A investigação, conduzida pelo Departamento de Justiça dos EUA, tem como objecto os negócios de Donald Trump, que estão sob suspeita há décadas, com destaque para alegadas fugas aos impostos na ordem das dezenas de milhões de dólares, embora, nesta visita ao seu resort Mar-a-Lago o foco tenha estado no desaparecimento de registos, áudio e vídeo, oficiais na Casa Branca, que os investigadores suspeitam que tenham sido propositadamente destruídos.

Se se confirmar esta suspeita, Trump repete o erro que acabou com a carreira política do antigo Presidente Richard Nixon e o famoso caso "Watergate", onde ficou provado que foram apagadas horas da gravação oficial das conversas ocorridas na Casa Branca, tendo esse sido um dos decisivos actos que o levaram a um beco sem saída, sendo obrigado a resignar em 1974, embora alegando, oficialmente, tê-lo feito por não poder contar mais com o apoio do Congresso.

Em causa estão, segundo avança o The Guardian, estão 15 caixas com registos presidenciais da Casa Branca, que incluem documentos classificados, o que é um marco importante neste processo investigativo do Departamento de Justiça que pode, no limite, deixar por terra a vontade já mostrada por Trump para se voltar a candidatar em 2024 ao segundo mandato que lhe escapou em Novembro de 2020.

Trump, na primeira abordagem que faz a este "raid" do FBI diz que a sua "bela casa de Mar-a-Lago está ocupada por um largo número de agentes do FBI, acrescentando, numa rede social, que até o seu cofre pessoal "foi arrombado".

Mas o pior para Trump é que a lei determina que se se vier a provar todas as suspeitas que sobre ele impendem actualmente, é definitivo que não poderá voltar a concorrer para o cargo de Presidente dos EUA.