Depois de acusar Joe Biden se estar a abrir a fronteira com o México a milhares de imigrantes que diariamente entram nos EUA, e de ter dito que este está a ser o pior início de mandato de sempre na história Presidencial do país, Trump voltou dizer que ganhou as eleições de 03 de Novembro de 2020, revisitando o leque de acusações comprovadamente falsas sobre os resultados eleitorais.
E, a esse propósito, lançou a sua candidatura para 2024, afirmado que estava a pensar seriamente em "derrotar os democratas uma 3ª vez", colocando-se na condição de líder do Partido Republicano, tentando, como estão a admitir alguns analistas, diminuir o espaço de afirmação a eventuais candidatos à nomeação pelos conservadores para daqui a 4 anos.
Recorde-se que nos EUA, os candidatos Presidenciais dos dois maiores partidos, democratas e conservadores, quando não se trata de uma reeleição, resultam de eleições primárias disputadas ao milímetro.
E que Donald Trump, apesar de ter saído sem condenação de dois impeachments (processos de destituição) durante a sua Presidência, tem ainda a pender sobre a sua cabeça a possibilidade de ter de responder na Justiça à acusação de incitamento à rebelião a propósito do assalto ao Congresso (Capitólio), a 06 de Dezembro do ano passado, durante a votação de confirmação da sua derrota eleitoral, por milhares de apoiantes radicais, de onde resultou a morte de seis pessoas, incluindo policiais.
Sobre Trump existe ainda um processo a correr na Justiça onde é suspeito de fuga ao fisco envolvendo milhões de dólares.
Ao seu estilo, agora, nesta conferência conservadora, voltou a dizer que a sua caminhada ainda está no início, prometendo aos seus apoiantes, uma "vitória" que será um marco no objectivo de fazer "a América mais forte de novo", voltando a usar o púlpito para atacar de forma severa os media norte-americanos, a quem acusou de estarem a fomentar a ideia de poderá criar um novo partido político, desmentindo essa possibilidade, que, na verdade, foi o próprio e os seus mais próximos, que lançaram.