"Vamos precisar de 411 mil milhões de dólares para recuperar e reconstruir a Ucrânia ", afirmou, realçando que este valor é o dobro do PIB ucraniano antes da guerra.

O objectivo do governo ucraniano, da União Europeia, dos Estados Unidos da América e das instituições financeiras encarregadas da angariação de fundos para a reconstrução consiste em fazer da Ucrânia uma zona económica especial com dinheiros públicos a cobrirem eventuais perdas para o sector privado.

O processo de reconstrução da Ucrânia enfrenta, no entanto, um desafio que preocupa os ucranianos e os analistas: grande parte desta ajuda ocidental virá em empréstimos e não em doações, de modo que as futuras gerações irão pagar a dívida.

A maior parte dos empréstimos é de longo prazo, ou seja, de 25 anos. A Ucrânia não terá de reembolsar a sua dívida antes de 2033, naquele que é também considerado um período de graça sem precedentes.

A desminagem é outra das grandes prioridades da Ucrânia, avançou Denys Shmygal.

"A produção e distribuição de energia, a desminagem do pais, o realojamento dos cidadãos e a criação de empregos são algumas das nossas principais prioridades nesta altura", enfatizou, garantindo que o pais aumentou a sua capacidade energética , melhorando os sistemas de abastecimento e distribuição.

" Este ano estamos mais bem preparados para enfrentar o Inverno ", concluiu.

A Ucrânia é hoje o pais do mundo com mais minas terrestres no seu território, uma condição em que Angola já esteve no passado. O pais tem 174 mil quilómetros quadrados do seu território com minas terrestres.

" É qualquer coisa como cinco minas terrestres por quilómetro quadrado", afirmou um dos assessores do gabinete do primeiro-ministro ucraniano não avançando o total de minas terrestres no país. O NJ soube ainda que a Ucrânia está a trabalhar em vários projectos de desminagem no país.