Esta intervenção do líder do grupo xiita próximo do Irão era importante para se perceber que tipo de resposta seria dada a um dos ousados ataques da Mossad em território libanês (ver links em baixo nesta página), sendo que várias organizações internacionais, incluindo a ONU, já consideraram tratar-se de um provável crime de guerra por atingir civis de forma indiscriminada.

"Nasrallah considera ter sido "um massacre" a detonação de milhares de pagers e walkie talkies.

"Este acto terrorista será conhecido para a história como o `massacre de terça-feira", um crime de guerra que teve lugar em todo o lado, incluindo escolas, hospitais, mercados, áreas residenciais...", clamou.

E reconheceu igualmente que o Hezbollah sofreu "um profundo rombo na segurança e uma fragilidade na protecção humana sem precedentes na história da organização", especificando ainda mais ao reconhecer que o grupo "foi duramente atingido", reconhecendo que "o inimigo é tecnologicamente superior".

Estas declarações pressupõem, mas não garantem, uma reacção vigorosa do Hezbollah contra Israel, embora seja já quase certo que o Governo israelita vai aproveitar a momentânea fragilidade da organização xiita que domina o sul do Líbano para lançar uma grande ofensiva terrestre contra os seus bastiões.