Joe Biden tinha prometido deslocar-se a Angola e a outros países da África subsaariana no contexto da Cimeira EUA-África que teve lugar em Washington em finais de 2023, num momento em que Luanda e Washington estavam em pleno relançamento das relações bilaterais.
Angola optou estrategicamente e, como afirmou o Presidente João Lourenço, de forma pensada e consciente (ver links em baixo nesta página), por redireccionar as suas prioridades externas para o Ocidente, especialmente para os Estados Unidos nos últimos anos, após a sua chegada ao poder.
Segundo uma notícia da Reuters desta sexta-feira, esta visita ainda está a ser desenhada nos seus pormenores mas a sua realização é já uma certeza, sendo, assim que tiver lugar, o primeiro Presidente dos EUA a visitar Angola e a primeira de um inquilino da Casa Branca ao continente deste o consulado de Barack Obama.
Segundo a agência de notícias, Biden deverá aterrar em Luanda após a realização da Assembleia-Geral da ONU, que tem lugar em Nova Iorque no mês de Setembro e seguramente antes das eleições de 05 de Novembro.
Com esta visita, Joe Biden confirma a prioridade estratégica dos EUA, ou pelo menos da sua Administração, em combater a influência da China e da Rússia em África, seja através deste tipo de visitas, seja através de novas linhas de investimento, como é disso exemplo o projecto bilionário para o Corredor do Lobito, ligando o Atlântico à RDC/Zâmbia.
Esta visita, embora sem qualquer data definida, foi entabulada durante o encontro entre João Lourenço e Joe Biden, em Novembro do ano passado, na Casa Branca.
Mas já em Setembro de 2023, aquando da visita do secretário da Defesa, Lloyd AUstin, a Luanda, a questão da visita de Biden a Angola regressou à agenda, como o Novo Jornal noticiava então aqui.