Segundo a Agência France Presse, o relatório assinala que Kigali tem "controlo de facto" das operações dos rebeldes, o que torna o Ruanda "responsável pelas acções do M23".

Kinshasa acusa o Ruanda de apoiar o grupo rebelde M23, liderado pelos tutsis. Kigali começou por negar o envolvimento do país, mas o relatório encomendado pelo Conselho de Segurança da ONU diz as intervenções e operações militares das Forças de Defesa do Ruanda (RDF) em áreas do Kivu do Norte "foram fundamentais para a impressionante expansão territorial alcançada entre Janeiro e Março de 2024" pelo M23.

Os peritos estimam que, no momento da redacção do relatório, em Abril, o número de tropas ruandesas "igualava, se não ultrapassava", o número de soldados do M23, que se pensa ser de cerca de 3.000.

Há vários meses que os Estados Unidos, a França, a Bélgica e a União Europeia apelam ao Ruanda para que retire as suas forças e mísseis terra-ar do território congolês e deixe de apoiar o M23.