"Constatamos que os nossos adversários na Europa e nos Estados Unidos não são partidários do diálogo. E, a julgar pelos documentos adoptados na cimeira da NATO, não são partidários da paz", disse esta quinta-feira o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, citado por agências russas, considerando que "a Aliança (Atlântica) é um instrumento de confrontação, não de paz e segurança".

"Somos obrigados a analisar muito profundamente as decisões que foram tomadas [na cimeira da NATO], as discussões que houve, a analisar com muito cuidado o texto da declaração que foi adoptada", afirmou Peskov.

"É uma ameaça muito grave para a segurança nacional", continuou, acrescentando que tal "exigirá que medidas ponderadas, coordenadas e eficazes para conter a NATO".

"Desde o início, dissemos que a expansão da NATO para a Ucrânia representava uma ameaça inaceitável para nós (...) Agora vemos a NATO a adoptar um documento que diz que a Ucrânia vai definitivamente aderir à NATO", acusou ainda.

A cimeira da NATO, em Washington, termina esta quinta-feira, garantindo o reforço do apoio militar à Ucrânia, com um pacote no valor de 40 mil milhões de euros, até ao final do ano, e declararam o apoio à Ucrânia no seu "caminho irreversível" rumo à integração na Aliança Atlântica, comprometendo-se a fazer um convite de adesão a Kiev quando estiverem reunidas as condições.