Angola apoia esforços da ONU na gestão de crises
Angola tem apoiado os esforços que visam fortalecer a capacidade da ONU na gestão de crises e considera o diálogo e a negociação como as melhores formas de resolução de conflitos, afirmou o chefe do Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas, general de exército Geraldo Sachipengo Nunda.
Discursando na reunião dos chefes dos Estados Maiores das Forças Armadas dos países membros da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), que decorre na capital do país, frisou que a comunidade internacional se tem preocupado, cada vez mais, com as novas ameaças à segurança dos Estados.
Disse ainda que a comunidade internacional se tem preocupado com as ameaças que têm comprometido as economias e o bem-estar dos povos, bem como as crises que assolam os vários países, tal como ocorre, num ambiente mais restrito, na Região dos Grandes Lagos, importante pelas suas potencialidades para o continente.
Nesta conjuntura, referiu, Angola é hoje membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, como resultado das recentes eleições, o que reflecte o compromisso com a paz, particularmente em África.
Tal facto, acrescentou, aliado a outros a nível das organizações continentais, comprova o esforço do país na resolução dos mais variados conflitos que surgem e se expandem, em particular pela parte central do continente.
"A sua participação como membro destas organizações, o seu empenho na resolução das disputas por via pacífica, mas também a preparação de forças para o emprego em operações de paz, dentro dos compromissos que foram assumidos a nível continental, são exemplos suficientes deste empenho", sublinhou.
Ainda no quadro das obrigações internacionais do país, Geraldo Sachipengo Nunda deu a conhecer que as FAA preparam-se para o envolvimento em operações de paz e, neste contexto, participa com 433 efectivos, entre civis, militares e polícias, no exercício continental AMANI ÁFRICA II, cuja cerimónia inaugural acontece hoje, em Lohatla, África do Sul.
Explicou que os objectivos deste exercício são de avaliar o estado de prontidão da capacidade de mobilização rápida da força africana em estado de alerta, para que atinja a plena capacidade operacional e também avaliar a capacidade africana de resposta imediata às crises nos processos de planeamento e execução de operações de intervenção em África.
Angop/NJ