"O Comité Permanente da Comissão Política do nosso partido está a analisar minuciosamente a decisão que o nosso presidente tomou para deixar a direcção do partido. Só mas tarde é que mesmo comité se vai pronunciar", disse Rafael Massanga Sakaita Savimbi, no final da última semana.

O deputado reconheceu que o presidente Isaías Samakuva jogou um papel relevante para a reconciliação em Angola e para a unidade dentro do partido desde que o país conquistou a paz em 2002.

Questionado sobre a sua eventual candidatura à presidência da UNITA, Rafael Massanga Sakaita Savimbi disse ser ainda prematuro pronunciar-se sobre o assunto, adiantando que "o partido possui quadros competentes para dirigir essa agremiação política".

Recorde-se que o presidente da UNITA, Isaías Samakuva, afirmou recentemente que pretende abandonar a liderança do partido, colocando o seu lugar à disposição no arranque de um novo ciclo político em Angola.

"Afirmei aos angolanos antes e durante a campanha eleitoral que depois das eleições deixaria o cargo de presidente da UNITA para servir o partido numa posição diferente", disse.

Isaías Samakuva foi eleito presidente do partido em 2003, na sequência da morte em combate, no ano anterior, do líder e fundador da UNITA, Jonas Savimbi, o que levou ao fim da guerra civil de quase 30 anos em Angola.

No topo da hierarquia da UNITA fala-se em possíveis sucessores de Isaías Samakuva, nomes como de Alcides Sakala, Abílio Camalata "Numa", Pedro Kachiungo, Rafael Massanga Savimbi e Liberty Chiyaka.