"Vamos promover no partido instituições fortes para combater firmemente a intriga, a calunia e todas as atitudes que minam a coesão e a unidade no seio do partido", disse Adalberto Costa Júnior quando falava com jornalistas, líderes de opinião e representantes da sociedade civil no âmbito da sua campanha eleitoral.

Adalberto Costa Júnior referiu que vai "primar por uma liderança que observe os métodos de trabalho do partido, promotora de inclusão e de consensos".

Segundo ele, enquanto presidente da UNITA, vai prestar atenção à formação de quadros políticos e técnicos e adequá-los à dimensão dos desafios a enfrentar e que tenha em conta a transição geracional no partido.

"Vamos fazer do exercício democrático um factor congregador para o reforço da unidade e a coesão interna, tendo sempre em conta os ensinamentos do doutor Savimbi, segundo os quais, o quadro deve saber distinguir o amigo do inimigo, em todas as circunstâncias, pois todos somos poucos, e, por isso, necessários, para grandiosa obra da UNITA", frisou.

Disse lamentar que o Estado de direito esteja em risco em Angola e que os tribunais estejam reféns do poder político.

"Nestes termos, doravante, a UNITA não tolerará a interferência dos tribunais políticos de Angola na sua vida interna", disse.

Adalberto Costa Júnior acusou alguns membros da UNITA de terem feito um pacto com partido no poder para dividir o partido.

Questionado sobre as relações com o actual presidente da UNITA, Isaías Samakuva, respondeu que "são sólidas, havendo apenas pessoas externas a fazer leituras diferentes".

"Trabalhei muitos anos com o presidente Samakuva. Reafirmo que as nossas relações são excelentes", destacou.

Adalberto Costa Júnior afirmou que vai dotar as estruturas da organização a nível central, intermédio e de base, de condições de trabalho dignas.

"Vamos pugnar por uma reinserção sócio-profissional e económica condigna de todas os desmobilizados, deficientes de guerra, viúvas, seus dependentes e órfãos", prometeu.

Refira-se que a Comissão Política da UNITA aprovou, pela segunda vez, a realização do XIII Congresso nos dias 02, 03 e 04 de Dezembro e decidiu suspender preventivamente os militantes que recorreram o Tribunal Constitucional (TC) para inviabilizar a data do congresso.

As deliberações foram tomadas no domingo, na II sessão extraordinária da Comissão Política do partido.