O MPLA, que tem uma maioria absoluta reconhecida pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE) desde 26 de Agosto", reuniu hoje a sua direcção para definir como funcionará a Assembleia Nacional, a sua presidência e as comissões de trabalho", disse aos jornalistas a secretária do Bureau Político do partido para a política de quadros, Ângela Bragança.

Nas eleições de 24 de Agosto, segundo Ângela Bragança, o seu partido entendeu a mensagem do eleitor e continuará a confiar no povo soberano que lhes deu mais um mandato para governar.

"Foi um encontro muito bom e construtivo. Embora se aguarde a decisão do Tribunal Constitucional, nós continuaremos a trabalhar, traçando estratégias como funcionará a Assembleia Nacional e as comissões de trabalho", acrescentou.

O comunicado do BP do MPLA não vai mais longe, mas é presumível que o partido tenha igualmente discutido o actual momento político pós-eleitoral que o País atravessa, marcado pela contestação da UNITA aos resultados anunciados pela CNE e o não reconhecimento dos resultados como o afirmou o seu líder, Adalberto Costa Júnior.

Nas eleições de 24 de Agosto, o MPLA obteve 51,17 por cento dos votos e 124 deputados e a UNITA 43,96 por cento e 90 deputados.

Entre os partidos mais pequenos, foi o PRS quem chegou mais forte, em 3º, com 1,14%, seguindo-se a FNLA, com 1,06%, a PHA, com 1,02%. Todos estes partidos com dois deputados eleitos garantidos.

A CASA-CE com 0,76%, a APN com 0,48 por cento e PJANGO com 0,42% dos votos não conseguiram qualquer assento parlamentar.

Dos mais de 14 milhões de eleitores inscritos, votaram 6.454.109, o que corresponde a 44,82%, e não votaram mais de sete milhões, correspondendo a 55,18% de abstenção.