"É lá que nasceu o fundador do nosso partido. Vamos homenagear o fundador do nosso partido", disse o presidente Nimi a Nsimbi, salientando que a FNLA defende no seu programa que o candidato eleito Presidente da República deve renunciar à chefia do partido e criar a figura do primeiro-ministro como chefe do Governo.

A proposta da FNLA, segundo Nimi a Nsimbbi, consagra a exoneração dos ministros de Estado, ministros e secretários de Estado pelo Presidente da República, sob proposta do primeiro-ministro que é chefe do Executivo.

"O nosso partido é a favor da descentralização político-administrativa, que atenda com preponderância as necessidades do desenvolvimento regional e a sua contribuição para todo o País", disse o político.

Para o líder da FNLA, o eixo económico do partido destaca a agricultura como sector primário que será trave mestra para a erradicação da fome e da pobreza em Angola.

"A FNLA preconiza para Angola um sistema baseado na economia liberal de mercado, no qual deverão coexistir o sector público e privado, como via mais coerente e segura para o desenvolvimento socio-económico do País", disse.

"Direccionar a economia de mercado temperada fundamentalmente para o interesse nacional, eficácia, rentabilidade, democracia e justiça social, exercendo o Estado a função de regulador, são, entre outras, as propostas da FNLA", disse Nimi a Msimbi.

O presidente do partido disse também que a FNLA defende a promoção de um plano de desenvolvimento económico-social que garanta o aumento da produção nacional, a criação de novos empregos, a melhor repartição de rendimentos e riquezas entre as regiões, bem como iguais oportunidades de acesso à instrução e cultura.

"No Governo da FNLA a privatização das empresas deve obedecer às regras democráticas, à transparência, à preservação do futuro das unidades privatizadas, ao preço justo, devendo o concurso público ser principal via para a sua materialização, evitando que empresas privatizadas venham a aparecer na lista das unidades paralisadas", sublinhou.

Este partido histórico defende incentivar o crescimento da economia nacional através do sistema de diálogo permanente, criando um quadro de concertação entre a classe empresarial e os órgãos de direcção da economia e os sindicatos.

"A nível macro-económico, o partido quer reforçar o papel do Orçamento Geral do Estado (OGE) na gestão do País, garantindo a unidade e universalidade, reféns das oscilações do preço de exportação de petróleo e diamantes", sublimou.

Ainda são metas da FNLA a restauração o papel do Banco Nacional de Angola (BNA) como autoridade monetária no País, em especial na emissão e circulação monetária, a gestão de reservas do País e na orientação da política creditaria.

"Uma das preocupações que consta neste programa é o bem-estar social do homem, a sua melhoria em todos os aspectos devem ser o centro de interesse e de preocupação central de um Governo, estabelecendo as medidas de justiça social e de apoio aos necessitados, aos mutilados, aos inválidos e aos idosos", acrescentou.

Na sua proposta, segundo Nimi a Nsimbi, o partido vai conceder direitos aos trabalhadores, igualdade de oportunidade no emprego, assistência médica, e prestar atenção especial à criança, à juventude e à promoção da mulher.

Estão autorizados a concorrer às eleições gerais de 24 de Agosto os partidos MPLA, UNITA, PRS, FNLA, APN, PHA e P-NJANGO e da coligação CASA-CE.

Do total de 14,399 milhões de eleitores esperados nas urnas, 22.560 são da diáspora, distribuídos por 25 cidades de 12 países de África, Europa e América.

A votação no exterior terá lugar em países como a África do Sul (Pretória, Cidade do Cabo e Joanesburgo), a Namíbia (Windhoek, Oshakati e Rundu) e a República Democrática do Congo (Kinshasa, Lubumbashi e Matadi).

Ainda no continente africano, poderão votar os angolanos residentes no Congo (Brazzaville, Dolisie e Ponta Negra) e na Zâmbia (Lusaka, Mongu, Solwezi).