"Denunciamos as irregularidades atribuídas à administração da Comissão Nacional Eleitoral que poluíram o quadro democrático do processo eleitoral", lê-se num documento assinado por estes partidos, onde acrescentam que vão responder ao "clamor popular" com a preparação de manifestações que querem pacíficas.
"Como solução credível, foi proposto a comparação das actas sínteses subscritas por todos delegados de lista, porque apenas esta devolverá as eleições a verdade eleitoral ultrajada", acrescenta o documento frisando que, os partidos estão atentos "ao clamor e ao sentimento da população pelo que decidiram criar um grupo de trabalho para estudar o quadro e as condições para a organização e convocação de manifestações pacíficas.
"Essas manifestações, com caracter estreitamente pacífico e ordeiro e em coordenação com os órgãos de segurança pública, enquadram-se no espírito da ordem constitucional, da Lei e do interesse público", refere o documento.
Esta nota foi divulgada ao fim da manhã de hoje, quinta-feira, 08, horas antes da divulgação do acórdão do TC sobre o recurso último recurso eleitoral, da UNITA, o que permite concluir que os partidos signatários dão como perdido este processo que fecha o ciclo eleitoral em 2022.
Nas eleições de 24 de Agosto, de acordo com a acta com os resultados finais divulgados pela CNE a 26 de Agosto, o MPLA obteve 51,17 por cento e 124 deputados e a UNITA 43,96 por cento e 90 deputados.
Entre os partidos mais pequenos, foi o PRS quem chegou mais forte, em 3º, com 1,14%, seguindo-se a FNLA, com 1,06%, a PHA, com 1,02%. Todos estes partidos com dois deputados eleitos garantidos.
A CASA-CE com 0,76%, a APN com 0,48 por cento e PJANGO com 0,42% dos votos não conseguiram qualquer assento parlamentar.
Dos mais de 14 milhões de eleitores inscritos, votaram 6.454.109, o que corresponde a 44,82%, e não votaram mais de sete milhões, correspondendo a 55,18% de abstenção.