"A forma como o Executivo angolano agiu energicamente no combate à covid-19, o partido Nacionalista para a Justiça em Angola (NJANGO) fará o mesmo para combater a malária, uma doença que provoca anualmente a morte de milhares de angolanos", disse ao Novo Jornal Dinho Chingunji.
A seguir, segundo o presidente do NJango, será elaborado um outro programa de combate à miséria e à fome, "que assola um País com muitos recursos hídricos e bastante terra para a prática da agricultura".
"Temos em abundância recursos hídricos e terras aráveis para a prática de uma agricultura em grande escala, mas o que falta é a elaboração de boas políticas para o fomento da agricultura. O Governo de Njango vai dar apoio aos agricultores, que passa, fundamentalmente, pela concessão de crédito agrícola", garantiu.
De acordo com o político, a agricultura camponesa praticada pela população rural, que constitui a grande maioria da população angolana, está a desaparecer, com o País a depender da importação de produtos agrícolas, "o que não é justo".
De acordo com o presidente do NJango, os princípios fundamentais para a estabilidade e desenvolvimento da sociedade angolana baseiam-se na obrigatoriedade de intervenção governamental com maiores investimentos nos sectores sociais e económicos, correspondendo com a promoção adequada do investimento privado na produção e segurança alimentar como forma de combater a pobreza e a fome.
O presidente do NJango disse que o seu partido defende a formação de um Governo reduzido para se evitar gastos desnecessários dos recursos financeiros que devem ajudar as camadas mais carentes.
"Vamos formar um Governo com poucos ministros, bem preparados, para darem resposta aos graves problemas sociais e económicos que o País enfrenta. Um Governo largo só prejudica recursos financeiros para sustentar o aparelho do Estado", disse.
O político prometeu implementar um amplo projecto de inserção de crianças no sistema nacional de ensino, mesmo sem estarem documentadas, por considerar inaceitável a rejeição desse direito fundamental aos menores.
"As crianças, ao atingir os cinco anos, terão, automaticamente, acesso ao sistema de ensino, mesmo sem estarem registadas, não se exigindo qualquer documentação", esclareceu.
O presidente do partido Nacionalista para a Justiça em Angola disse que está a construir "um partido moderno", para ajudar na missão de erguer uma Angola "melhor para todos".
Disse que a ideologia do partido e os programas políticos estão focados na resolução de vários desafios enfrentados na vida quotidiana da sociedade.
"Defendemos o desenvolvimento e a sustentabilidade económica, a distribuição e a gestão da riqueza da Nação, educação, saúde, direito ao emprego, direito penal, o sistema de justiça, a prestação de segurança social e assistência social, comércio, meio ambiente, o bem-estar das crianças, veteranos e vítimas da guerra, capacitação e bem-estar da juventude, a imigração, equilíbrio regional, promoção de mulheres, papel de militares e patriotismo", apontou.
Disse que o partido político de Njango adoptou a ideologia centro-direita, porque é a que mais se aproxima das várias estruturas sociais do País, onde a iniciativa e propriedade privada sempre existiram, mas com a responsabilidade moral de cuidar e ajudar as pessoas mais vulneráveis da sociedade.
"Somos um porto seguro. Somos um projecto que garante a transição pacífica. Somos um projecto de unidade nacional", acrescentou o político que está disposto a incluir no seu Governo várias figuras da sociedade civil caso vença as eleições de 24 de Agosto.
"Somos um projecto que veio para ficar, para resolver os problemas de todos. O angolano deve viver em segurança, com boa justiça e igualdade social", prometeu, frisando que a sua formação política está "muito atenta" aos graves problemas que a juventude enfrenta.
O ex-ministro da Hotelaria e Turismo no Governo da Unidade e Reconciliação Nacional (GURN) pela UNITA referiu que irá contar, nas eleições de 24 de Agosto, com o voto dos cidadãos que nos pleitos eleitorais se abstiveram.
Questionado sobre o combate à corrupção estabelecido como um objetivo principal do mandato do Presidente João Lourenço, elogiou a atitude, frisando que o Chefe do Estado deveria "ir ainda mais longe".
"Elogiamos a atitude do Presidente João Lourenço, mas ele deveria ir mais longe, porque muita gente tem dinheiro lá fora escondido", frisou, reconhecendo que a covid-19 também foi um elemento determinante para a falha de algumas acções do Executivo.
O filho de Kafundanga Chingunji, co-fundador da UNITA e primeiro chefe do Estado-Maior das FALA, antigo exército da UNITA, Dinho Chungunju nasceu a 07 de Setembro de 1964 e serviu como líder político na UNITA.
Durante a guerra civil (1975 - 2002), todos os irmãos de Chingunji morreram em circunstâncias misteriosas, excepto ele. Rumores atribuíram as suas mortes a planos de assassinato ordenados pelo líder da UNITA, Jonas Savimbi.