Os dois maiores partidos, MPLA e a UNITA, dominam as principais artérias da cidade de Luanda e do País em particular, com publicidade eleitoral que "submerge" as pequenas formações políticas que se queixaram de receber sempre tarde as verbas para a aquisição do material da campanha quando há eleições.

A Lei Orgânica sobre as Eleições Gerais estabelece que os partidos políticos e coligações de partidos devem recolher os cartazes afixados para propaganda eleitoral durante o período da campanha até 30 dias depois da realização das eleições.

A lei estabelece uma pena de prisão até três meses para os infractores.

Segundo a mesma Lei, aquele que através de reuniões públicas distribuir material de propaganda, organizar comícios ou desfiles ou por qualquer outra forma fizer propaganda eleitoral no dia das eleições ou no dia anterior, é punido com pena de prisão até seis meses e multa que vai de 250 mil Kwanzas a um milhão.

A mesma pena, agravada nos termos gerais, é imposta àquele que no dia das eleições fizer propaganda nas assembleias de voto ou nos locais próximos, até a um raio de 500 metros.

As entidades concorrentes às eleições devem, no prazo máximo de 45 dias após a proclamação oficial dos resultados do escrutínio, prestar contas discriminadas da sua campanha eleitoral à Comissão Nacional Eleitoral e publicá-los num dos jornais diários mais divulgados no País.

A Comissão Nacional Eleitoral analisa a regularidade das receitas e despesas e publica a sua apreciação num dos jornais diários mais divulgados no País, até 30 dias após o termo do prazo previsto no número anterior.

Se a Comissão Nacional Eleitoral verificar qualquer irregularidade nas contas, deve notificar a respectiva entidade para apresentar, no prazo de 15 dias, a sua regularização.

O tempo é agora de espera, pois dos resultados sairá o próximo Presidente da República bem como o nome do próximo vice-Presidente, que são, respectivamente, o primeiro e o segundo nome das listas apresentadas pelo círculo nacional.

O círculo nacional elege 130 deputados e os círculos das 18 províncias elegem 90, cinco deputados por cada uma delas, contando a Comissão Nacional Eleitoral com 13.238 assembleias de voto, reunindo um total de 26.488 mesas de voto.

Estão na disputa pelos votos dos 14,4 milhões de eleitores, conforme o sorteio que ditou a disposição no boletim de voto, o PHA (Partido Humanista de Angola), cuja cabeça de lista é Florbela Malaquias, o P-NJANGO (Partido Nacionalista para a Justiça em Angola), encabeçado por Dinho Chingunji, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que propõe Adalberto Costa Júnior para Presidente da República, a FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola), com Nimi Ya Simbi a liderar a lista, a CASA-CE (Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral), liderada por Manuel Fernandes, a APN (Aliança Patriótica Nacional), cujo cabeça de lista é Quintino Moreira, o PRS (Partido de Renovação Social), cuja aposta para a Presidência é Benedito Daniel, e o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), com João Lourenço a voltar a disputar a Presidência da República.