Fontes do NJ na capital portuguesa, Lisboa, garantem que a maior parte dos embaixadores do chamado "Grupo Africano" ficou perplexo e indignado com esta atitude inédita da embaixadora de Angola em Portugal. Na nota verbal a que o NJ teve acesso, a diplomata referiu, já na reunião preparatória da celebração do Dia de África, realizada na Embaixada da República da Guiné Equatorial a 20 de Março último, "que nos opusemos à inclusão na lista de convidados a Dra. Luzia Moniz, cidadã luso-angolana que faz activismo contra a Mais Alta magistratura e Governo da República, legitimamente eleito" e que "cujos artigos são públicos", aqui numa referência aos artigos que a jornalista Luzia Moniz escreve quinzenalmente no NJ desde Março de 2020, no espaço intitulado "Tunda Um Njila".

Maria de Jesus Ferreira realça ainda que, ao permitirem a presença de Luzia Moniz na cerimónia oficial de celebração do Dia de África, as embaixadas do grupo africano acreditadas em Portugal estariam a violar o "princípio de promoção da Unidade, Solidariedade e Coesão entre os Estados, previsto no Acto Constitutivo da União Africana". Na prática, a diplomata colocou os seus colegas do grupo africano entre a "espada e a parede" e deu-lhes a escolher entre o Estado angolano ou a cidadã Luzia Moniz, deixando-os sem alternativas.

O NJ sabe que esta decisão da Embaixada de Angola resulta do facto de as embaixadas do grupo africano não terem cedido aos anseios, caprichos e pretensões de Luanda. Assim sendo, a embaixadora não marcou presença no encontro, nem se fez representar, tal como já havia manifestado na referida nota verbal.

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