O formato organizacional e funcional da plataforma política denominada Frente Patriótica Unida (FPU), que congrega alguns players da oposição, continua a gerar discórdia no seio do Bloco Democrático (BD), um dos partidos integrantes da referida entidade política. A rejeição do modelo operacional da FPU ao nível da cúpula do BD é antiga, mas a discussão era travada internamente, situação que acaba de ser alterada por um alto quadro da organização, que, em exclusivo ao NJ, acusa a direcção do partido de estar a "violar a decisão saída da IV Convenção Nacional Ordinária".
De acordo com Américo Vaz, candidato derrotado a presidente do BD na IV Convenção Nacional, o conclave em que foi derrotado pelo economista Filomeno Viera Lopes definiu o formato da FPU através da aprovação da Moção de Orientação Política, que, segundo o mesmo, não está a ser seguida pela direcção.
"Nos variados formatos da Frente Única, a ideia da agregação ou integração pura e simples do BD noutra força política qualquer que seja deve ser completamente rejeitada por não permitir a independência política e ideológica, esbater a sua singularidade e o património histórico de luta pela democracia e justiça social do BD e seus integrantes", refere Américo Vaz, sublinhando ser essa declaração uma determinação da moção saída da IV Convenção Nacional.
Já Muata Sebastião, secretário-geral do Bloco Democrático, considera haver equívocos nos fundamentos de Américo Vaz e explica que a vontade da direcção do partido que se reflecte na moção aprovada na Convenção é que se constitua uma coligação legalmente reconhecida, mas sublinha que, para além do BD, a FPU tem mais outros entes que também têm suas ideias e que tem prevalecido o consenso.
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