A terceira garantia soberana do Estado angolano ao abrigo da linha de crédito do Deutsche Bank (DB), no valor de 11,3 milhões de euros, é vista como um incentivo no sector das pescas, com inúmeros armadores "presos" em espécies pelágicas, como o carapau e a sardinha, sem espaço para a diversificação nas capturas, também devido a uma concorrência estrangeira que se revela bastante prejudicial para a orla marítima do País, indicam informações recolhidas pelo Novo Jornal.
Cedo se percebeu, em círculos da pesca comprometidos com uma gestão rigorosa dos recursos, que a garantia soberana a favor da empresa Alva-Fishing, situada na Baía Farta, para a cobertura financeira da montagem de uma fábrica de conserva de atum, implica uma "forte aposta" num produto que já só sai dos mares angolanos para o exterior.
"É uma espécie capturada no alto-mar por embarcações estrangeiras, em muitos casos com licenças pertencentes a nacionais, e levadas para a Europa e a Ásia", assinala fonte ligada ao Grupo Técnico Empresarial (GTE), entidade que tem uma palavra no processo para o acesso à linha de crédito do banco alemão, avaliada em mil milhões de euros.
Com a convicção de que o atum já não abunda como até à chegada a Angola dos grandes barcos da Rússia, há mais de 30 anos, um agente da pesca desportiva, de 56 anos, diz, inclusive, que pretendia ver uma fábrica de conserva não apenas para a espécie em causa, mas para toda a família dos tunídeos, que engloba a merma, salmão, serrajão e tantas outras.
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