A informação foi avançada pelo ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Carlos Alberto dos Santos, que esteve no Parlamento durante um encontro com os deputados e a equipa económica do Executivo.

O ministro informou que o edifício das Relações Exteriores, no largo dos Ministérios, apresentou um problema estrutural, que obrigou à evacuação do edifício, estando a ser apuradas as causas.

Segundo apurou o Novo Jornal, a fragilidade dos solos, a falta de manutenção de edifícios construídos nas décadas de 1960 e 1970 e as alterações feitas pelos moradores são os factores que poderão justificar o colapso destas estruturas.

Refira-se que, recentemente, o Presidente da República, João Lourenço, ordenou um levantamento da situação de todos os edifícios urbanos, públicos ou privados, que se encontram em perigo de ruína ou desabamento.

"Considerando que o País possui vários edifícios urbanos, propriedade do Estado ou de privados, em avançado estado de degradação e que carecem de intervenção face ao perigo que representam para a vida dos cidadãos", dizia o despacho Presidencial, de 06 de 2018.

O documento definia que o ministro da Construção e Obras Públicas "deveria inventariar e catalogar, em coordenação com outros organismos, os edifícios que se encontram em mau estado de conservação ou que constituem perigo de desabamento.

Além disso, o cadastro sobre "todos os edifícios" e o seu estado de conservação envolverá igualmente os imóveis "adquiridos pelo Estado no exterior do País que são utilizados pelas representações diplomáticas".

Obriga ainda os governos provinciais e outros organismos do Estado que têm sob sua jurisdição edifícios com quatro ou mais pisos a prestarem informação sobre o seu estado ao Ministério da Construção e Obras Públicas, cabendo por sua vez ao ministro informar o Presidente da República sobre a situação dos edifícios que se encontram em perigo de ruína ou desabamento.