A Direcção Provincial da Juventude Unida Revolucionária de Angola (JURA), braço juvenil da UNITA, denuncia que os membros da sua organização têm sido impedidos de reforçar o stock de sangue dos hospitais públicos.
Domingos Palanga, secretário provincial da JURA em Luanda, reporta que o mais recente episódio ocorreu no Instituto Nacional de Sangue, onde jovens militantes do maior partido na oposição terão sido impedidos de doar sangue por alegadas motivações políticas.
"Nós, JURA, fomos contactados pelo Conselho Nacional da Juventude na tarde de sábado [19 de Junho] e, no domingo, colocámos no Instituto, através das nossas brigadas, cinco jovens doadores, tal como nos tinha notificado o CNJ. Aconteceu, porém, que, durante o acto de entrevista que antecede a colecta de sangue, perguntaram aos jovens sobre a organização a que pertenciam, ao que responderam: "JURA". Estavam lá no quadro da convocação do CNJ, de que somos membros. Entretanto, a técnica em serviço, do Instituto de Sangue, disse que a JURA não constava da relação nominal das organizações que haviam de doar naquele dia e, por isso, foi simplesmente dispensada, relata, em declarações ao Novo Jornal.
Observa que, pelo procedimento da técnica de saúde escalada para a operação, o incidente estaria ligado a motivações políticas: "Quer dizer, a senhora perguntou antes aos jovens sobre as suas origens, o que, na nossa forma de ver, terá sido esse o facto que levou a que negasse os nossos doadores".
Domingos Palanga considera "descabida" a atitude da técnica de saúde e desvaloriza as explicações dadas pelo quadro da CNJ que conduziu o processo, considerando-as "infundadas".
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