A informação foi avançada pelo procurador-geral, Heldér Pitta Grós, em conferência de imprensa.
Branqueamento de capitais, falsificação de documentos, abuso de poder e tráfico de influências são alguns dos crimes que podem estar em causa, e, a par da empresária foram também constituídos arguidos os portugueses Mário Leite da Silva, gestor de Isabel dos Santos e presidente do Conselho de Administração do Banco de Fomento de Angola, Sarju Raikundalia, ex-administrador financeiro da Sonangol, Paula Oliveira,amiga de Isabel dos Santos e administradora da NOS, Nuno Ribeiro da Cunha, diretor do private banking do EuroBic em Lisboa.
Pitta Grós vai reunir-se, esta quinta-feira, com a congénere portuguesa, a magistrada Lucília Gago, em Lisboa, de acordo com a Lusa.
No domingo, 19, o Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação (ICIJ), que integra vários órgãos de comunicação social, começou a revelar o resultado da investigação de mais de 700 mil ficheiros do caso Luanda Leaks, que põe a descoberto todos os esquemas que permitiram a Isabel dos Santos reunir uma das maiores fortunas de África. O seu marido Sindika Dokolo, e os seus mais próximos colaboradores, são igualmente referenciados nesta investigação.
Desde então, Isabel dos Santos tem estado no epicentro de um furacão que promete ter efeitos devastadores sobre as suas empresas e danos reputacionais irreversíveis para a mulher que contruíu uma imagem pública de empresária que subiu a pulso.
Isabel dos Santos tem insistido em entrevistas e publicações nas redes sociais que está a ser vítima de uma campanha "puramente política", prometendo "lutar nos tribunais internacionais" para "repor a verdade" e defender o seu "bom nome".