Em comunicado enviado aos jornalistas, a coordenadora residente da ONU em Luanda diz estar expectante sobre o que vai resultar do fim do processo de investigação sobre esse episódio de violência que, recorde-se, resultou em 23 mortos, segundo um relatório da oposição, 25, de acordo com o próprio Protectorado e seis, como avançou a Polícia Nacional e o Ministério do Interior.

Zahira Virani diz nesta nota que as Nações Unidas seguem por norma episódios dos quais resultam vítimas e que podem perigar os avanços conseguidos no que respeita aos Direitos Humanos.

É ainda feito um apelo ao diálogo e à importância de Angola em matéria de estabilidade regional e na sua experiência na procura de soluções pacíficas para resolver conflitos.

Na génese dos aontecimentos de 30 de Janeiro, e de acordo com as distintas versões existentes, cerca de 300 elementos do MPPLT tentaram, avançou a PN, invadir uma esquadra da polícia num contexto de "rebelião armada", à qual as forças de segurança responderam com força para anular essa mesma rebelião, mas a versão do Movimento aponta numa direcção totalmente oposta e fala numa manifestação pacífica, com informação prévia dirigida às autoridades, e sem elementos armados, que visava reivindicar a autonomia e protestar contra a pobreza extrema de uma região rica em recursos naturais.

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