Raúl Manuel Danda, de 63 anos, um dos históricos e uma das vozes mais activas do partido do "Galo Negro", antigo jornalista e actual deputado e primeiro-ministro do Governo-sombra da UNITA, morreu na clínica da Endiama, em Luanda.
O deputado do partido do "Galo Negro", que nos últimas anos esteve na linha da frente do combate político em nome do maior partido da oposição, morreu com um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Raúl Danda era licenciado em Gestão de Empresas e Ciências Económicas na Universidade Lusíada, nasceu em Cabinda, a 13 de Novembro de 1957.
Ao longo da sua vida profissional e política, Danda passou pela "pele" de activista, actor, tradutos, escritor, jornalista e político.
O seu último grande desafio pessoal foi a candidatura à liderança da UNITA, no XIII Congresso ordinário do partido do "Galo Negro", em 2019, que disputou com Adalberto Costa Júnior, actual Presidente, José Pedro Katchiungo, Alcides Sakala e Abílio Kamalata Numa,
Do seu perfil oficial consta em destaque a sua passagem, entre 1991 e 1992, pelo cargo de Director Geral de Informação da UNITA, tendo-se seguido uma breve passagem como Sub-editor e locutor na Rádio Nacional de Angola, tendo, de seguida assumido, até 2001, o cargo de Secretário da Informação da Tendência do pensamento democrático - TRD.
Raúl Danda exerceu o cargo de vice-presidente do seu partido e foi uma das vozes da antiga rádio da UNITA, a Vorgan, na década de 1980.
Tanto o grupo parlamentar da UNITA como o presidente do partido, Adalberto Costa Júnior, lamentaram a perda do deputado e dirigente.
Adalberto Costa Júnior escreveu que a morte de Raúl Danda "priva a UNITA e Angola de um dos seus mais brilhantes obreiros e servidores".
O Grupo Parlamentar da UNITA lembrou que Raúl Danda foi "um quadro exemplar e um patriota destemido" que esteve sempre ao lado dos mais fracos.
Sucederam-se os pêsames enviados à sua família.