Pouco mais de um mês após o anúncio do acórdão que levou ao aumento do tom da crítica relativa a supostas interferências do MPLA na vida interna da UNITA, com dirigentes do "Galo Negro" contra o que chamam de partidarização do poder judicial, a vice-presidente do partido governante, Luísa Damião, puxa dos galões, em resposta, os "milhões e milhões de militantes" e, para fugir do muito badalado combate a Adalberto Costa Júnior até à exaustão, nega que haja medo de quem quer que seja.

"O MPLA é um partido que vai completar 65 anos, é um partido forte, tem milhões de militantes e conta com a inteligência dos seus militantes", vincou, no último fim-de-semana, em Benguela, onde testemunhou a reeleição de Luís Nunes a primeiro secretário do Comité Provincial, com 98,9% dos votos dos 712 delegados à XIII conferência ordinária de balanço e renovação de mandatos.

Luísa Damião fez saber que a disputa política é salutar, até pela consolidação da democracia, e afirmou que quem for capaz pode avançar para a luta política.

Esta passagem serviu de mote para uma reacção às queixas do engenheiro António Venâncio, candidato à presidência do MPLA, que diz estar a ser bloqueado no processo de recolha de assinaturas.

A vice-presidente, também coordenadora da Subcomissão de Candidaturas da Comissão Nacional Preparatória do Congresso Ordinário, começa por salientar que os documentos admitem múltiplas candidaturas, mas lembra que os interessados têm de estar preparados com antecedência, observando os requisitos necessários.

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