Segundo os principais partidos políticos da oposição, estes 180 mil milhões de kwanzas agora autorizados para o Ministério do Interior, e que se juntam aos 672,7 mil milhões disponibilizados pelo OGE 2022 aprovado pelos deputados à Assembleia Nacional, a "Ordem e a Segurança Públicas existem para manter o poder e não para a segurança do País".

Para o terceiro vice-presidente da Assembleia Nacional pela UNITA, Ernesto Mulato, "este é um Estado cujo Governo-sombra é a segurança".

"A ordem e a segurança existem para manter o poder e não para a segurança do País", disse o deputado, lamentando que o Executivo não esteja a dar "uma atenção especial, a sectores vitais como a Saúde e a Educação e a tantos outos que carecem de verbas para o seu desenvolvimento".

"O País é o MPLA. É tudo", referiu o deputado, frisando que o Executivo está a ignorar os múltiplos problemas sociais que estão fragilizar a sociedade.

O presidente da CASA-CE, Manuel Fernandes, não entende o porquê deste exercício do Presidente da República, "enquanto o País encerra um conjunto de desafios que deveriam ser prioritários".

"Estamos a ver que o País está constantemente em greves, em que os profissionais de Saúde estão a reclamar melhores condições sociais, em que os docentes universitários estão a reclamar por melhores condições salariais, enfim um rol de problemas que deveriam ser prioridade do Governo", afirmou Manuel Fernandes.

O também deputado espera que esta dotação orçamental para o MININT seja para aumentar o número de efectivos desta força castrense e também melhorar a situação social dos seus efectivos.

"Mas, ainda assim, o nosso entendimento é que não seria prioridade, olhando para os grandes desafios que o País tem ".

Para o presidente da CASA-CE , o Executivo "deve potenciar a banca no sentido de conferir créditos aos privados e esses poderem criarem empregos para a juventude".

"Não entendemos este desvio de atenção daquilo que são os principais problemas do nosso País", concluiu Manuel Fernandes.