A informação é avançada numa nota da Casa Civil da Presidência na qual se lê que foram exoneradas todas as entidades que integram o conselho de administração da Sonangol-EP, para o qual haviam sido nomeados através dos decretos presidenciais de 15 de Novembro de 2017 e 12 de Janeiro de 2018.

Na nota, a decisão do Chefe de Estado é justificada "por conveniência de serviço público", com base no uso das prerrogativas constitucionais e apoiado na Lei de Bases do Sector Empresarial Público.

Sebastião Pai Querido Gaspar Martins, Luís Ferreira do Nascimento José Maria, Carlos Eduardo Ferraz de Carvalho Pinto, Rosário Fernando Isaac, Baltazar Agostinho Gonçalves Miguel, Alice Marisa Leão Sopas Pinto da Cruz foram exonerados dos cargos de administradores executivos, enquanto José Gime, André Lelo, Lopo Fortunato Ferreira do Nascimento e Marcolino José Carlos Moco foram exonerados dos cargos de administradores não executivos.

Num outro decreto, o Presidente da República nomeou para integrarem o conselho de administração da petrolífera nacional Sebastião Pai Querido Gaspar Martins, como presidente do conselho de administração, António de Sousa Fernandes, Baltazar Agostinho Gonçalves Miguel, Jorge Barros Vinhas, Josina Marília Ngongo Mendes Baião, Luís Ferreira do Nascimento José Maria e Osvaldo Salvador de Lemos Macaia, como administradores executivos, e André Lelo, José Gime, Lopo Fortunato Ferreira do Nascimento e Marcolino José Carlos Moco como administradores não executivos.

Esta decisão de João Lourenço surge no seguimento da grave crise que o país atravessa no fornecimento de gasóleo e gasolina.

Na segunda e na quarta-feira, o Chefe de Estado reuniu de urgência os ministros das Finanças, dos Recursos Naturais e Petróleos, da Energia e Águas e ainda o governador do Banco Nacional de Angola e o presidente do conselho de administração da Sonangol para obter esclarecimentos cabais sobre a desestabilização do mercado de abastecimento dos combustíveis.

Segundo um comunicado enviado pela Casa Civil do Presidente na terça-feira, 7, "da análise feita, concluiu-se ter havido falta de diálogo e comunicação entre a Sonangol e as diferentes instituições do Estado, o que terá contribuído negativamente no processo de importação de combustíveis".

Os combustíveis começaram a regressar lentamente ao mercado nas últimas horas, mas ainda se vêem extensas filas de carros nas bombas de abastecimento. A crise de combustíveis que se vive em todo o País desde a passada sexta-feira afectou várias províncias, levando mesmo ao racionamento de energia eléctrica.