Segundo uma nota da Casa Civil do Presidente, para além de Marcolino Moco, estão de saída os administradores executivos Josina Baião, Luís Maria e Osvaldo Macaia, que foram substituídos pelos administradores executivos Olga Lukocheka da Silva Sabalo Miranda, Kátia Mariana Siliveli Epalanga Lutucuta e Osvaldo Inácio, e pela administradora não-executiva Bernarda Gonçalves Martins.

Não foram apresentados motivos para as alterações no conselho de administração da petrolífera, mas vale recordar que Marcolino Moco, que foi nomeado por João Lourenço em 2018 com a justificação de ser uma "referência" no País, teceu duras críticas a um comunicado do Bureau Político do MPLA e à forma como o líder da UNITA está a ser tratado por causa da sua anterior dupla nacionalidade - abdicou da portuguesa quando se candidatou à presidência do maior partido da oposição - afirmando mesmo que se trata de "bullyng racista e xenófobo" sobre Adalberto Costa Júnior.

Numa publicação na sua página do Facebook, a 8 de Fevereiro, e cujo título era "Contra o bullying racista e xenófobo à volta do cidadão angolano Adalberto Costa Júnior e por uma clarificação dos conceitos de angolanidade e cidadania angolana", o antigo secretário-geral do MPLA assumia estar a protestar contra a política de "desqualificação gratuita" de "outras" figuras e ou organizações políticas, "pela via mais baixa possível".

E aproveitava para sublinhar que não tem conseguido saber o que pensa ou tem dito a UNITA e o seu líder a propósito da questão de Cafunfo "porque a TPA e agora também a TV Zimbo, voltaram (sabemos que não é por culpa dos jornalistas!) a não passar tudo que seja relevante da oposição (surpreendentemente triste!)".

A administração da Sonangol é presidida por Sebastião Gaspar Martins e conta com seis administradores executivos e quatro não-executivos.