O Instituto Politécnico de Arte - CEARTE - tem parte da sua estrutura completamente inutilizada, em consequência de uma inundação provocada pela rotura de uma conduta da Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL), que deu origem a prejuízos materiais que a direcção da escola avalia em mais de 600 milhões de kwanzas.
Em face de uma ronda pelos compartimentos do instituto, as partes mais afectadas da estrutura são o auditório e os camarins, além da cozinha, apurou o Novo Jornal. No auditório, por exemplo, o moderno palco de madeira e quase metade das 309 cadeiras ficaram mais de 24 horas submersos em água, que chegou a ultrapassar um metro de altura. Pianos, caixa eléctrica do principal quadro do auditório, equipamentos de som e mesa técnica de mistura também "foram à vida".
Outras áreas de serviço igualmente atingidas, embora não na mesma proporção que o auditório, é a conhecida casa das máquinas, que alberga o gerador e outros equipamentos afectos à canalização, assim como cabos de telecomunicações.
"Reportámos a situação ao nosso ministério de tutela [Cultura, Turismo e Ambiente], que já tomou nota da situação e está a analisá-la", adianta Eusébio Pinto, director-geral do CEARTE, que estima que os prejuízos materiais "nunca estarão abaixo dos 600 milhões Kz", mas recusa-se a comentar se se deve "atirar" responsabilidades à EPAL.
"Não cabe a mim fazer esta afirmação", resume Eusébio Pinto, que classifica o auditório ora danificado como "o coração do instituto", por se tratar do "laboratório no qual os alunos das diferentes áreas de formação e dos diferentes cursos fazem o entrosamento das técnicas ensinadas pelos professores nas aulas práticas e não só".
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