"Às autoridades competentes devem decretar medidas tendentes a reverter o fenómeno do contrabando de combustível para a República Democrática do Congo", disse aos jornalistas o secretário provincial da UNITA no Zaire, Pedro Francisco Tanda.
Segundo este político, as autoridades locais devem fazer um trabalho cuidadoso para que sejam identificados os principais mentores deste fenómeno para que sejam "exemplarmente punidos nos termos da Lei".
Pedro Francisco Tanda defendeu ainda a implementação de acções de fiscalização do sector de produção do petróleo na região, tendo como foco a defesa na geração de mais postos de trabalho e promoção da igualdade de oportunidades para os jovens.
Recentemente o governador da província do Zaire, Adriano Mendes de Carvalho, mostrou-se preocupado com a fragilidade encontrada num posto fronteiriço da província com a RDC, pelo facto ter visto camião sem matrículas e abastecidos a saírem do lado angolano e a entrarem na RDC sem serem interpelados pela Polícia da Guarda Fronteira.
"Porque abrem a porta para estes camiões que entram na RDC que transportam combustíveis?", perguntou na oportunidade o governador à tropa em parada na fronteira, afirmando que "querer entender".
Um oficial superior da Polícia de Guarda Fronteira confirmou ao governador a passagem dos camiões, mas assegurou que os mesmos são inspeccionados pela AGT e Polícia Fiscal Aduaneira.
Para o dirigente da UNITA, "é inaceitável que o tráfico continue e, pior do que tudo, nunca são apanhados e devidamente responsabilizados os intervenientes do lado angolano, um facto muito curioso".
Segundo dados oficiais, aprovíncia tem 33 postos de abastecimento licenciados mas, face ao contrabando de combustíveis para RDC, há sempre carências de combustíveis na região.