Angola tem mais de 400 mil crianças em risco de sofrer de desnutrição grave ao longo deste ano, alerta a Direcção-Geral da Protecção Civil Europeia e Operações de Ajuda Humanitária da Comissão Europeia (ECHO, na sigla em inglês), organismo que, sem especificar de que províncias se trata, acrescenta que, em algumas localidades do País, a prevalência de desnutrição aguda global já está acima dos limiares de emergência (15%).

A ECHO, que apoia desde finais de 2021 o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) nos projectos de nutrição em Benguela, Cunene, Huambo e Huíla, reforça que, das 56 mil crianças gravemente desnutridas que estão a ser assistidas, apenas 11 mil podem ser tratadas com o financiamento disponível.

"Espera-se uma interrupção do tratamento alimentar terapêutico em várias províncias já em Maio e Junho. A cadeia de suprimentos desses produtos requer meses para ser entregue", lê-se num relatório intitulado Angola, Insegurança Alimentar e Desnutrição.

A Comissão Europeia sublinha que as famílias do Cunene que se deslocaram em busca de água e subsistência na vizinha República da Namíbia e que foram colocadas em campos temporários precisam urgentemente de melhores serviços de higiene e nutrição. De acordo com a organização, 1,58 milhão de angolanos no Sul do País, região que vive o quinto ano consecutivo de condições de seca, enfrentam níveis agudos de insegurança alimentar, sendo que, deste grupo, 417 mil precisam com urgência de alimentação.

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