Nos últimos anos, um pouco por todo o País, vem-se observando uma "explosão" de instituições do ensino superior privadas, acompanhada de alguns "atropelos" em termos de legalização, condições técnico-pedagógicas, cursos e infra-estruturas. Mesmo com encerramentos regulares, nascem outras.
Há 29 anos, por exemplo, o País dava os primeiros passos na implementação de instituições de ensino superior não-públicas, sendo que a primeira a ser implantada foi a Universidade Católica de Angola (UCAN), criada em 1992, mas a funcionar apenas desde 1999. Em 2001, foi fundada a Universidade Jean Piaget de Angola, sucedendo-se posteriormente outras tantas.
Foi assim que, em 2015, por exemplo, já eram contabilizadas 45 instituições. Em 2018, a cifra teve um aumento de mais 10 novas instituições (55). Este ano, segundo um documento divulgado em Agosto, no portal do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI), foram contabilizados 68 estabelecimentos reconhecidos, ou seja, um acréscimo de 13 instituições em quase três anos.
Contudo, por trás desta facilidade em abrir universidade, há uma forte "marcação cerrada" por parte do MESCTI, que, às portas do arranque do ano académico 2021/2022, encerrou quatro instituições, sendo duas em Luanda, uma no Bengo e outra no Huambo. Tal acto foi elogiado pelo Presidente da República, no seu discurso de abertura do ano académico 2021/2022, no Bié. João Lourenço reiterou que o Estado deve exercer a "sua autoridade", para inibir o surgimento de estabelecimentos ilegais ou mesmo encerrar aqueles que à revelia da lei insistem em leccionar.
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