A OMS informa que o Fundo Pandémico tem disponíveis 500 milhões de dólares e Angola "posiciona-se estrategicamente" para captar recursos que "transformarão o sistema nacional de saúde pública", com foco na prevenção, detecção precoce e resposta eficaz a emergências sanitárias.

A OMS esclarece, comunicado citado pela Lusa, que esta semana ficaram definidas as principais actividades da proposta nacional ao Fundo Pandémico, uma iniciativa global que visa fortalecer a capacidade de resposta a surtos e emergências de saúde em países com baixos e médios rendimentos.

O representante da OMS em Angola, Indrajit Hazarika, citado no comunicado, disse acreditar "firmemente" que Angola tem uma excelente oportunidade de obter financiamento nesta ronda, para reforçar de forma significativa a sua capacidade de resposta a emergências de saúde.

O plano concentra-se em três áreas prioritárias: sistemas de alerta precoce e vigilância de doenças, capacidades laboratoriais humanas e animais e fortalecimento dos recursos humanos e das comunidades, tanto em contextos rurais como urbanos.

Segundo a OMS, no domínio da vigilância e alerta precoce, Angola aposta no reforço da capacidade comunitária e institucional, através da formação de agentes comunitários e equipas de resposta rápida, da implementação de sistemas digitais de informação em saúde e da criação de mecanismos de vigilância baseados em eventos, com foco em doenças humanas e zoonóticas de potencial epidémico.

No que respeita à componente laboratorial, a proposta prevê o reforço das capacidades de diagnóstico e vigilância, incluindo a formação de técnicos, o fortalecimento da vigilância da resistência antimicrobiana, o desenvolvimento de programas de controlo de qualidade e outras, acrescenta-se ainda no comunicado.

No dia em que se assinalam quatro meses sobre o início da epidemia de cólera que se abateu sobre o País, foram registadas mais 217 infecçções e dois óbitos. O Cuanza Sul lidera agora a lista das províncias com mais casos diários. Angola acumula 18.637 casos e 588 óbitos.