Em declarações à Angop sobre a formação de professores no país, Luísa Grilo adiantou que as referidas infra-estruturas formam cerca de 43 mil finalistas por ano, cifra, entretanto, insuficiente tendo em conta o rácio professor/aluno.

"É necessário aumentar estes números para a melhoria da qualidade de ensino", referiu. Luísa Grilo avança que a formação de professores no país ainda não é a desejada, mas sim a possível, principalmente por falta de infra-estruturas específicas, pois na sua maioria são escolas adaptadas.

Disse, por outro lado, existir facilidade em relação aos recursos materiais, que considerou serem aceitáveis.

Segundo o Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) até 2017, o desenvolvimento e estruturação da formação de professores e de especialistas e investigadores em educação vai merecer uma atenção especial por parte do Executivo Angolano.

O programa prevê também apetrechar o corpo docente a todos os níveis do sistema de educação de pessoas com perfil científico, técnico e pedagógico adequado, promover a dignificação e valorização do professor e implementar um sólido sistema de oferta de formação de professores segundo o modelo sequencial.

O Executivo pretende ainda, no âmbito da formação de docentes, criar um sistema de informação sobre formação, recrutamento e carreira de professores, identificar as necessidades quantitativas de professores até 2020, nos vários níveis e disciplinas de ensino, e criar a oferta de profissionalização pedagógica.

É ainda pretensão do Executivo ajustar a rede de oferta de formação de quadros docentes a nível médio, incrementar a oferta de formação avançada em Ciências da Educação, proceder à acreditação profissional dos cursos do ensino superior pedagógico, promover a avaliação para reconhecimento dos cursos médios como habilitação para a docência e proceder ao reconhecimento de cursos não direccionados para o ensino como habilitação própria para a docência.

O PND para 2013-2017 inicia um novo ciclo da história e experiência do sistema de planeamento de Angola.

É o primeiro plano de médio prazo elaborado no quadro da nova Constituição do País e após a aprovação da Lei de Bases Gerais do Sistema Nacional de Planeamento.

O plano abrange também um período de grande importância para o futuro do País. Situa-se no meio-percurso da Estratégia Nacional de Desenvolvimento de Longo Prazo "Angola 2025". Esta valorização assenta, em primeiro lugar, na alfabetização e escolarização de todo o Povo Angolano, que são a base para a formação e qualificação técnico-profissional e formação superior dos seus quadros essenciais ao desenvolvimento sustentável, equitativo e pujante de Angola.

O Executivo pretende que o PND 2013-2017 seja o veículo principal que, à luz da Estratégia Angola 2025, oriente e intensifique o ritmo e a qualidade do desenvolvimento em direcção ao rumo fixado: aumentar a qualidade de vida do povo angolano de Cabinda ao Cunene, transformando a riqueza potencial que constituem os recursos naturais de Angola em riqueza real e tangível dos angolanos.

"Estabilidade, Crescimento e Emprego" constitui a ideia-força do PND 2013-2017.

O PND 2013-2017 será igualmente o instrumento essencial para que o crescimento da economia angolana seja essencialmente suportado na diversificação da estrutura económica nacional.

Angop / Novo Jornal