As autoridades nacionais determinaram recentemente a retirada de pneus velhos das recauchutagens situadas ao longo das principais avenidas de Luanda, face à onda de tumultos e bloqueios de estradas a que a capital tem assistido nos últimos tempos, apurou o Novo Jornal, junto de uma fonte castrense.
De acordo com a fonte, que tem a sua informação reconfirmada pelos próprios técnicos de recauchutagens, que dizem ter recebido «visita» de carros-patrulha, a medida foi passada a agentes da Polícia Nacional em parada, sendo de aplicação imediata, mas com olhos na eventual tensão popular que pode advir das eleições gerais de Agosto próximo, como se depreende, aliás, da entrevista [ver página subsequente] do responsável pela Segurança Pública e Operações da PN.
Pesaram na adopção deste procedimento, sabe o NJ, episódios como o de 10 de Janeiro último, quando uma greve decretada por três associações de taxistas levou a que a capital fosse tomada por tumultos que culminaram na queima de pneus nas estradas, e seu consequente bloqueio; na destruição de viaturas, assim como na vandalização do comité de acção do MPLA no distrito do Benfica.
Outro factor determinante, apurou o NJ, é o tumulto e corte ao trânsito registados a 23 de Janeiro, na sequência da morte de um cidadão, de 28 anos, por disparo de arma de fogo efectuado por um agente da PN na Avenida Fidel Castro, vulgo Via Expressa, em Viana. As recorrentes ondas de protestos e manifestações terão entrado igualmente nos «cálculos» que levaram as autoridades a «apertar» o cerco às recauchutagens que funcionam ao longo das principais estradas de Luanda.
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