As "mexidas" nos valores cobrados para as inscrições na Universidade Agostinho Neto (UAN) estão longe de reunir consenso. A principal universidade do País passou a cobrar cinco mil kwanzas aos candidatos que concorrem a uma vaga e 10 mil para quem tenta a sorte em dois cursos. Os novos preços, que passaram a vigorar no presente ano académico (2021-2022), contrastam com os valores praticados no ano anterior, em que uma opção custava quatro mil kwanzas e duas, 6.000.

"Quais são as melhorias propostas com este dinheiro que se vai arrecadar em mais de 50% do valor anterior?" É com essa pergunta que Jordão Coelho, da Associação Angolana dos Direitos do Consumidor (AADIC), inicia as suas críticas à nova tabela de preços da UAN, numa abordagem a que se junta Francisco Teixeira, presidente do Movimento de Estudantes Angolanos (MEA). Esses dois líderes associativos consideram "desnecessária" a medida que legitima o aumento "exponencial" dos valores da inscrição na universidade que homenageia o primeiro Presidente de Angola.

De acordo com Jordão Coelho e Francisco Teixeira, as universidades públicas "têm uma cabimentação". O responsável da AADIC, por exemplo, considera mesmo que o Estado "não tem falta de dinheiro para aquilo que é o seu objectivo principal, atendendo ao seu objecto para com as universidades". Para o homem da associação que defende os consumidores angolanos, a matriz da alteração na taxa de inscrições da UAN "não foi a forma mais inteligente". Por isso, Jordão Coelho identifica "falta de solidariedade paternal por parte do Estado".

(Leia este artigo na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, nas bancas, ou através de assinatura digital, disponível aqui https://leitor.novavaga.co.ao e pagável no Multicaixa)