Considerado um santuário da vida selvagem em Angola, o Parque Nacional da Quiçama, em Luanda, corre o risco de perder esse estatuto. Em causa está o actual estado de abandono em que se encontra a reserva e o abate de animais praticado por caçadores furtivos. Trata-se de uma situação sabida pelo Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente (MCTA), que, em resposta a um questionário enviado pelo Novo Jornal, admite ter conhecimento do crescimento da caça furtiva naquela reserva natural.

O MCTA acrescenta que o abate de animais de grande porte é feito por caçadores que entram no parque quer por via fluvial, quer terrestre, colocando armadilhas e com recurso a arma de fogo do tipo AKM. Em contrapartida, o ministério assegura que, como medidas preventivas e de forma a desencorajar essas práticas, tem "enveredado por medidas pedagógicas primárias junto às comunidades locais viradas para a sensibilização".

Numa visita ao parque e em conversa com alguns funcionários, o NJ apurou que os passeios turísticos deixaram de ser feitos há mais de uma semana, por falta de viaturas. A única disponível, por sinal recentemente adquirida, encontra-se avariada. Em virtude disso, quem deseja fazer safari para ver os animais tem de o fazer por meios próprios.

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