São números milionariamente tão altos, que agora começam a não constar dos discursos oficiais. Por exemplo, há três semanas, quando discursava na cerimónia de abertura do presente ano lectivo, realizada no Bengo, o reconduzido ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, não se referiu a eles. Na abertura do ano lectivo anterior, a então ministra de Estado para Área Social, Carolina Cerqueira, também não revelou qual é realmente o número de crianças fora do sistema de ensino.
Contudo, até Julho do ano passado, segundo dados então divulgados pelo director nacional de quadros do Ministério da Educação, Caetano Domingos, Angola tinha cerca de dois milhões de crianças fora do sistema de ensino, o que representava 32% da população em idade escolar.
"[É preciso] construir e melhorar instalações apropriadas para as crianças e que proporcionem ambiente de aprendizagem seguro e não-violento", disse Caetano Domingos.
Não sendo propriamente uma resposta à recomendação do director nacional de quadros do MED, este mês, o Executivo anunciou, na pessoa de Pacheco Francisco, secretário de Estado para o Ensino Pré-Escolar e Primário, citado pelo Jornal de Angola, que o presente ano lectivo conta com 670 novas escolas, erguidas ao longo do mandato anterior, o que permitiu o surgimento de 5.000 novas salas de aulas.
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