A história é contada pela agência Lusa, com base num comunicado da Polícia Judiciária, que informa que a mulher foi entretanto detida por suspeitas de ter falsificado documentos e usurpado a identidade de uma cidadã portuguesa, que residia em Angola.

Em comunicado, a PJ refere que a suspeita usurpou a identidade da cidadã portuguesa, em 2018, e obteve de forma fraudulenta passaporte e cartão do cidadão nacionais, tendo utilizado os documentos falsos para viajar para Portugal, "onde se fixou e passou a residir com a sua família".

"Montou toda a sua vida como se fosse a pessoa a quem usurpou a identidade: comprou casa, abriu contas bancárias, celebrou contrato de trabalho, tudo em nome alheio. A suspeita forjou, inclusivamente, os assentos de nascimento dos seus dois filhos menores, de forma a que a mãe deles passasse a ser a cidadã cuja identidade foi usurpada", relata a PJ, citada pela Lusa.

Segundo a PJ, a fraude foi detectada em 2022, quando a cidadã portuguesa, residente em Angola, foi ao consulado de Portugal, em Luanda, pedir o cartão de cidadão, tendo verificado que desde 2018 existia uma outra pessoa a utilizar essa identificação.

"Realizada uma busca domiciliária à suspeita, foi detectada e apreendida documentação que consolida os indícios já existentes", acrescenta a PJ.

Na nota, a PJ adianta que após ter sido detida, através da Directoria de Lisboa e Vale do Tejo, a suspeita foi presente à autoridade judicial competente para interrogatório, tendo-lhe sido aplicadas "medidas de coação não privativas da liberdade".