O suspeito, que esteve foragido em Portugal, onde levava a sua vida normal, na zona de Montijo, apesar de constar da lista dos procurados pela Organização Internacional de Polícia Criminal (INTERPOL), na categoria de crime por assassinato, chegou a Luanda esta manhã, proveniente de Lisboa, e não foi detido pelas autoridades, apesar da intenção de se apresentar, apurou o Novo Jornal.

Entretanto, o Serviço de Investigação Criminal (SIC) reafirmou ao Novo Jornal que o suspeito será detido em território nacional, porque sobre ele pesa um mandado de captura da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Sobre a sua chegada ao território nacional, o SIC diz desconhecer que o fugitivo aterrou em Luanda, embora não descarte a possibilidade pelo facto de ele ter regressado com passaporte português.

"Mas será logo detido, porque há sobre o mesmo um mandado de captura" afirmou ao Novo Jornal o superintendente-chefe Manuel Halaiwa, porta-voz do SIC-geral.

João de Deus Oliveira Gomes dos Santos "Leandro Arrop" contou, recentemente, a uma fonte do Novo Jornal, em Portugal, que vai apresentar-se voluntariamente às autoridades angolanas, para esclarecer os factos de que é acusado, afirmando que vivia sem restrições naquele País.

Leandro Arrop e o seu irmão, Luís dos Santos, são acusados do crime de homicídio qualificado, que resultou na morte do jovem Teodoro Renato, em Fevereiro de 2022.

Naquele ano, as autoridades angolanas emitiram um alerta vermelho para os dois irmãos, para que fossem extraditados para Angola.

No entanto, o irmão de "Leandro Arrop" acabou detido em Portugal, mas posto no Tribunal da Relação de Lisboa, para efeitos de legalização da sua detenção, foi-lhe reposta a liberdade, mediante aplicação de medidas de coacção, sob termo de identidade e residência; proibição de saída do território português; apreensão do passaporte, assim como apresentações semanais no posto policial mais próximo do local de residência.

Em comunicado, os advogados de Leandro Arrop salientam que, fruto de ameaças de alguns indivíduos que se fizeram passar por agentes da autoridade e dos desentendimentos reiterados com os familiares da vítima, o visado viu-se obrigado, por uma questão de segurança, a abandonar o País e permanecer em Portugal até ao momento.

"Em Portugal chegou a ser detido e investigado pela mesma ocorrência, em sede do processo n.º 945/22.7YRLSB, datado do dia 21 de Dezembro de 2022, tendo sido declarado inocente e posto em liberdade por insuficiência de provas", salientam os advogados em comunicado.