Elementos com elevado poder financeiro são os principais aliciadores da caça furtiva no Parque da Quiçama. A denúncia é do administrador da referida unidade, António Silva, que, ao Novo Jornal, revela que tais traficantes têm como alvo os animais em vias de extinção.

"Aqui, no parque, existem animais em via de extinção, protegidos e raros. Os caçadores furtivos e traficantes perseguem esses animais para comercializar os chifres, cornos, marfins, peles e outras coisas", explica.

Segundo o responsável, os caçadores são aliciados por elementos doutro nível. "Estes traficantes não são aqueles que vivem aqui, são elementos de alto nível, com poder financeiro e que os [caçadores] financiam eles, no sentido de trazerem esse tipo de produtos de que precisam", reforça.

António Silva lamenta, igualmente, a falta de vontade por parte dos tribunais e de outras autoridades no tratamento destes crimes. "Apanhámos, levámos às entidades competentes e, no dia seguinte, está solto. Não há medidas que desencorajam tais práticas", critica, ao citar que recentemente dois caçadores foram apanhados e nada lhes aconteceu.

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