Este robô foi criado para simular procedimentos complexos, oferecendo aos profissionais de saúde a oportunidade de adquirir experiência prática antes de realizarem cirurgias.
"A instalação deste segundo robô representa um avanço significativo no sistema de saúde do país, consolidando o complexo hospitalar como um centro de referência em cirurgias robóticas", diz o Ministério da Saúde (MINSA) em comunicado.
A cirurgia robótica, ou seja, "assistida por robô", consiste basicamente numa cirurgia por acesso laparoscópico (pequenos orifícios por onde são introduzidas a câmera e pinças cirúrgicas) em que os movimentos dos instrumentos são realizados por braços robóticos.
Os movimentos são todos realizados pelo cirurgião, que é normalmete altamente especializado, que controla os braços robóticos por meio de joysticks.
Esta cirurgia é menos invasiva, permite visão 3D e ampliada entre 10 a 15 vezes, movimentos precisos e de maior amplitude das pinças robóticas, ausência de tremores e fadiga pelos braços robóticos, menores taxas de sangramento no intra-operatório, menos dor no pós-operatório, menor taxa de infecção no pós-operatório, menor tempo de hospitalização.
Actualmente, é uma das técnicas mais utilizadas para cirurgias de câncer da próstata e rim, mas também para cirurgias reconstrutivas como pieloplastia para obstrução do rim.
Angola realizou, em Agosto, no Complexo Hospitalar de Doenças Cardiopulmonares Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, a primeira cirurgia robótica, tornando-se o segundo país da África Subsaariana a fazê-lo, depois da África do Sul.