A informação, deixada numa folha colada na porta do Consulado, não foi bem entre aqueles que se dirigiram ali em busca dos seus vistos para Portugal, na sua maioria, e no momento em que o Novo Jornal esteve no local, por razões de saúde, académicos ou profissionais de vária ordem.

No papel pode ler-se que o Consulado de Portugal em Luanda não tem ideia de quando terá lugar o "restabelecimento da normalidade", deixando penduradas um número alargado de pessoas.

Como é o caso de Cláudio Adão, de 25 anos, que lamenta pelo facto do seu documento estar na instituição desde 09 de Setembro, que era suposto receber o visto depois de 15 dias, mas sem sucesso até hoje, e agora, "é impossível saber quando tal ocorrerá".

O jovem Cláudio que pretende viajar por motivos académicos, disse que tem dois exames marcados para os dias 7 e 10 de Outubro e com está situação corre o risco de reprovar nos exames por falta de comparência.

"Estou indignado com está situação, tenho duas provas para fazer nos dias 7 e 10, e com este problema corro o risco de reprovar nos exames por ausência sem que a responsabilidade seja minha", disse.

Já Iracelma Domingos, disse estar exausta com o problema, tendo em conta que submeteu o seu pedido de visto no dia 30 de Junho e até agora não há nenhuma resposta. "Esta paralisação temporária dos vistos vai complicar ainda mais", notou.

"É frustrante esta situação, porque eu submeti o meu visto há quatro meses e não me dizem nada, agora com paralisação só vai piorar a minha situação", lamentou.

Enquanto uns lamentam pelo processo moroso na obtenção dos vistos, Fidel Figueira, manifesta-se feliz por ter conseguido levantar o seu visto hoje, 06, antes da afixação do aviso, e assegura que o seu processo só levou 15 dias para estar concluído.

O Novo Jornal tentou contactar com responsáveis do Consulado mas a resposta foi: "O que está no comunicado é o que há para dizer e está bem explícito".

Mas esta situação acontece numa altura em que se multiplicam as críticas ao Consulado Geral de Portugal pela demora na atribuição de vistos e na cada vez mais evidente dificuldade na sua obtenção.