Há escolas públicas em Luanda a procederem à venda de vagas para matrículas de novos alunos a preço que chegam a roçar os 400 mil kwanzas. A denúncia é do Movimento dos Estudantes de Angola (MEA), cujo presidente disponibiliza ao Novo Jornal o nome das instituições alegadamente envolvidas nessa prática, numa extensa lista em que despontam as grandes escolas técnicas sediadas no centro de Luanda, do Instituto Médio de Economia (IMEL) ao Instituto Politécnico Industrial (IPIL), vulgo Makarenko, para além de instituições públicas do ensino médio do ramo da saúde.

Francisco Teixeira, aliás, apresenta documentos em que se podem ver carimbos como da Procuradoria-Geral da República (PGR) a confirmar a recepção da denúncia, embora, como apurou ao NJ [ver entrevista na página subsequente], tanto aquele órgão quanto o Serviço de Investigação Criminal (SIC) dizem não ter registo do assunto.

Por exemplo, na PGR, um alto funcionário, numa curta declaração em anonimato, explica ao NJ que a carta do MEA "não é prova bastante" para que o organismo actue. "Quando vem para a PGR, é porque já há indícios, ainda que não fortes, de corrupção. Só uma carta a dizer que "olha, aí têm feito corrupção. Esta matéria normalmente cabe à inspecção [da Educação]".

Ao Novo Jornal, no entanto, chegam casos concretos como os de uma funcionária pública a quem codificadamente tratamos por MCL, que desembolsou acima de 100 mil Kz para matricular os sobrinhos no ensino público.

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