Fenómeno que os gestores das unidades atribuem a supostas motivações socioculturais, pernoitar à volta dos hospitais públicos é uma prática a que muitos homens e mulheres sem vêem obrigados a sujeitar-se, devido ao que consideram "mau funcionamento" do sistema sanitário no País.

Em Luanda, à porta dos hospitais do Prenda, Josina Machel [vulgo Maria Pia], Lucrécia Paim, Augusto Ngangula e Américo Boavida, nos quais o Novo Jornal "passou a noite", abundam queixas e reclamações que se confirmam até no período diurno.

No Maria Pia, por exemplo, mesmo ao longo do dia, aos que tenham um familiar internado, não é permitida a permanência no alpendre ou jango localizado junto ao banco de urgências. São obrigados a ajeitar-se ao longo da Avenida Revolução de Outubro, no sentido Mutamba-Aeroporto, junto ao edifício do Ministério da Saúde e da Direcção dos Serviços de Migração e Estrangeiro. Mesmo aqui, entretanto, volta e meia são "corridos" pelos agentes de segurança do hospital e da Polícia Nacional.

À noite, o cenário toma outras proporções, com homens e mulheres, por norma às dezenas, a desenrascarem-se como podem, havendo quem durma mesmo à beira da estrada, acolhido por uma "cama" improvisada a partir de papelão [ler página seguinte], enquanto outros se abrigam na cave do edifício de primeiro andar situado entre o antigo restaurante Alcobaça e uma estrutura ligada às FAA, mediante o pagamento de 100 kwanzas diários.

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