A presença de mulheres no topo da hierarquia dos três poderes da regulação do sistema financeiro angolano tem vindo a aumentar nos últimos anos, mas os números ainda continuam a dar larga vantagem aos homens, dado que, de um total de 21 membros que compõem os conselhos de administração do Banco Nacional de Angola (BNA), da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG) e da Comissão de Mercado de Capitais (CMC), apenas sete são senhoras, contra 14 homens.
O BNA, liderado por José de Lima Massano, tem o conselho de administração mais "gordo" entre os reguladores do sistema financeiro angolano, estando constituído por 13 integrantes, porém, somente três senhoras fazem parte do seu board. Trata-se da contabilista Beatriz de Andrade dos Santos, que exerce a função de administradora-executiva, da economista Clarisse dos Anjos Mendes Figueira e, também, da contabilista Daniela de Almeida Simão, sendo que as duas últimas são administradoras não-executivas, verificou o Novo Jornal durante a compilação de dados para o presente tributo às mulheres do sistema financeiro.
A ARSEG, virada para a regulação e supervisão do sector dos seguros, tem, por seu turno, Filomena Airosa Manjata, contabilista de 34 anos, como a única senhora numa administração que contempla três pessoas. Fica-se mais uma vez patente de que, apesar de o número de mulheres na regulação crescer, os homens ainda são a maioria.
Ao contrário do BNA e da ARSG, a CMC é, assim, o único regulador do sistema financeiro que tem o topo da sua hierarquia controlado por uma senhora. A entidade cuja missão é regular, supervisionar e fiscalizar os Mercados de Valores Mobiliários e Instrumentos Derivados tem como presidente do conselho de administração Maria da Conceição Uini Baptista, jovem de 39 anos. O órgão, além da líder, conta com mais administradores, com destaque para duas senhoras, nomeadamente a economista Edna Mascarenhas e a jurista Nádia Kelly Pinheiro Graça Pinto.
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