Em comunicado, o GPL diz que encerrou a morgue para acelerar os trabalhos em curso de reabilitação e que os cadáveres no necrotério serão transladados para a Morgue Central de Luanda, de modo a permanecerem conservados.
A morgue, com capacidade para conservar mais de mil corpos e que estava em funcionamento desde Julho de 2005, apresentava vários problemas de acomodação e conservação dos cadáveres.
O Novo Jornal procurou saber junto do Governo Provincial de Luanda como fica a situação dos funcionários daquela morgue, sendo informado que apenas há, por parte do GPL, um plano de redireccionamento dos trabalhadores efectivos para outras morgues até que a do Kilamba Kiaxi seja reaberta.
Entretanto, soube ainda o Novo Jornal, os funcionários da morgue que não são efectivos, e que estão há dez anos sem salários, não foram tidos em conta e foram todos mandados para casa.
Sobre essa questão, o Novo Jornal procurou saber do Governo Provincial de Luanda como fica a situação destes trabalhadores, mas até agora não obteve nenhuma resposta.
Ao Novo Jornal, alguns funcionários não efectivos da Morgue do Kilamba Kiaxi lamentaram a situação e acusaram a administração municipal do Kilamba Kiaxi e o GPL de faltarem com a verdade, uma vez que existem apenas dois funcionários efectivos daquela morgue municipal.
Um dos maqueiros, que preferiu não ser identificado, criticou a decisão de transferir os dois efectivos e os demais colaboradores, que até se encontram há anos sem salários e a trabalharem na morgue, serem mandados para casa.
Os funcionários reconhecem que a morgue precisava mesmo de ser reabilitada por estar já há anos em mau estado técnico.