As manifestações nestas cidades geraram o caos e as forças policiais fizeram vários disparos para dispersar os manifestantes. Muitas pessoas faltaram à escola e também aos postos de trabalho por falta de transportes.

Na província do Huambo há relatos de duas mortes e a população acusa a Polícia Nacional de ser o autor, mas este órgão até agora continua em silêncio.

Na província do Zaire, segundo apurou o Novo Jornal, o preço do táxi esta manhã passou a custar 500 kwanzas, contra os habituais 150 kz.

Na Huíla, as centenas de manifestantes foram até as instalações da Assembleia Nacional para protestar contra a subida do preço da gasolina.

Nas redes sociais, vários são os vídeos postos a circular sobre as manifestações e do confronto entre manifestantes e as forças da ordem.

Segundo apurou o Novo Jornal, nas províncias do Huambo e Zaire, várias pessoas foram detidas pela Polícia Nacional.

No Huambo, a polícia assegura que os detidos vandalizaram bens públicos nos municípios da Caála e do Huambo e que os actores foram taxistas e moto-taxistas que se mostram descontentes com a falta de cartões para terem acesso ao preço subvencionado da gasolina.

Em declarações ao Novo Jornal, na passada sexta-feira, o presidente da Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA), Francisco Paciente, disse que os táxis que estão agora a abastecer ao preço de 300 kz terão de volta os seus valores, em saldo correspondente aos dias em que pagaram a mais, e apelou à calma.

Conforme Francisco Paciente, "todos os que estão a abastecer agora ao preço de 300 kz, nem que seja daqui há um mês, vão ser ressarcidos dos valores assim que receberam os cartões de créditos de subvenção da gasolina.

Segundo o Governo, aqueles azuis e brancos e motorizadas que não estiverem licenciadas, mas exercem ilegalmente a actividades de táxi, não terão direito aos cartões de descontos.

Em Luanda, vários taxistas dizem-se tranquilos e que apenas esperam receber os cartões de descontos que o Executivo prometeu.

Sobre estes acontecimentos, o Novo Jornal tentou obter esclarecimentos da Polícia Nacional, mas sem sucesso.