Um aterro sanitário clandestino nasceu, no ano passado, em pleno "coração" do bairro Belo Horizonte, no distrito do Kikuxi, município de Viana, deixando moradores apreensivos, devido ao elevado risco de surgimento de doenças, em face das inúmeras moscas e mosquitos que invadem o local, que exala, apurou o Novo Jornal, forte cheiro nauseabundo.

Localizado por detrás do supermercado Shoprite e das antigas instalações da Universidade Técnica de Angola (UTANGA), o aterro, segundo os moradores ouvidos pelo NJ, "nasceu" em 2020, altura em que foram suspensos os contratos de serviço com as operadoras de limpeza. Como alternativa, contam, a Administração do Kikuxi criou um ponto de depósito de resíduos sólidos para serem posteriormente transferidos para o aterro sanitário dos Mulenvos, mas tal intenção nunca chegou a ser concretizada, o que fez que o lixo se acumulasse no local, para a insatisfação dos populares.

Os moradores, que preferiram anonimato, denunciam que, na calada da noite, vários carros de algumas empresas de recolha aparecem no local para fazer descarga clandestina de lixo. "Além de deixarem o lixo, os senhores põem fogo no local. Já não conseguimos dormir, porque a fumaça invade as nossas casas. Estamos perante um atentado à saúde pública", queixam-se, apelando a que a administração resolva o problema o mais breve possível, enquanto as chuvas ainda não começaram a cair na capital.

Para passar por aquela zona, prosseguem os queixosos, "o que tem safado são as máscaras, porque o mau cheiro que sai daquele local é muito forte", um facto, aliás, constatado pela nossa reportagem no local.

Uma moradora, identificada apenas por Lina, conta que a lixeira "tem servido de esconderijo e palco para que os marginais efectuem as suas acções a qualquer hora do dia".

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