Os testes para o concurso público realizado pelo Ministério de Educação começaram esta quinta-feira, 11, em algumas escolas da capital e é apenas exigida a 6ª classe como habilitações literárias.

O concurso foi aberto no dia 3 de Junho, com as inscrições dos candidatos para o preenchimento das 923 vagas, repartidas por 451 para os operários qualificados e 472 para auxiliares de limpeza, ambos de 2.ª classe.

Na fase das inscrições muitos candidatos tiverem de recorrer às antigas escolas para extraírem o certificado exigido pelas autoridades para concorrerem às vagas.

O Novo Jornal constatou que algumas das pessoas têm já a formação média concluída em diversos cursos do sistema de ensino e outras frequentam instituições de ensino superior.

Sob anonimato disseram que por falta de emprego preferem ver reduzidos os seus níveis académicos e conseguir trabalho na função pública.

São na sua maioria jovens dos 18 aos 35 anos que concorrem para as respectivas vagas de auxiliares de limpeza e operários qualificados das carreiras do regime geral do sector da Educação.

"O importante é entrar na função pública e passar a trabalhar. Hoje já ninguém quer saber se tens 6ª ou 13ª classe, estamos todos sem trabalho e precisamos de emprego", desabafou uma jovem que tem formação média em contabilidade e procura vaga como auxiliar de limpeza.

Outra contou que por ter vergonha não concorreu em 2021, viu uma das ex-colegas do ensino médio a conseguir uma das vagas. Daí a vontade de lutar por uma das vagas também.

A organização do concurso diz que quem entrar nessa carreira agora não terá a oportunidade de, depois, trocar de sector, nem de progressão na carreira. Daí a exigência mínima da 6ª classe.

Segundo a calendarização das etapas do concurso, a correcção da prova começa esta sexta-feira, dia 12, e encerra no final do mês.

No período de 1 a 20 de Agosto irá realizar-se a fase das entrevistas aos candidatos e a publicação dos resultados provisórios dos concorrentes, marcada para 22 e 23 do mesmo mês.